segunda-feira, 28 de maio de 2007

Ressaca Pós Pancada de Sampa

Nunca imaginei que uma cidade fosse mexer tanto comigo; logo eu que já morei em tantas cidades e vivo me mudando. Talvez eu seja o único da família a fazer valer e tornar realidade a fantasia de minha avó que, qdo tinha lá os seus 95 anos, sem nunca ter viajado para além dos arredores da cidade em que nasceu, imaginava ter corrido o mundo inteiro, numa perspectiva cigana da vida. Mas São Paulo me absorve por completo. E parece que até conheço cada quilômetro dela; e parece que lá nasci e morei lá desde sempre, tamanho o amor e intimidade que tenho por/com ela. Esse final de semana foi intenso. Difícil foi voltar. São Paulo está no meu horizonte, é meu horizonte. Nesses dias todos São Paulo se transformou - mutante que é - e fui transformado por ela. São Paulo virou um reencontro caloroso com um primo, um chopp gelado na Maria Antônia, um passeio sem compromisso no centro da cidade, um flerte e um beijo na balada, um pouco de tristeza e solidão, um cineminha no unibanco no final da tarde, um chocolate quente no frans a noite, um passeio na Liberdade, uma tirada de sarro com o funcionário da padaria, uma tentativa de mudança de vôo (que não rolou!), um reencontro com o aventura, uma doce surpresa na companhia maravilhosa do Mindu (eita porra! risos) e uma vontade enorme de ficar. São Paulo hoje é isso: uma ressaca de concreto na minha cabeça, uma doce e maravilhosa ressaca. E viva Arrigo Barnabé! Beijo pra todos. ;)

terça-feira, 22 de maio de 2007

Sampa!

Amigos, saudades...
Ando meio ausente, eu sei. Mas é que semana passada foi cheia mesmo. Muito trampo a toda hora. E essa semana não vai ser muito diferente. Só que muito mais feliz. Explico: fui convidado pra participar de uma banca de mestrado na usp. A defesa vai ser na quinta às 14hs. Ando muito feliz, por muitas coisas. Minha vida profissional ta num crescendo. Tem essa defesa, vão sair duas publicações em livros esse ano (um pela Editora da ufal e outro pela editora da ufpe), quero publicar minha tese ainda esse ano, enfim. Fora essa coisa de voltar a sampa. Meu deus, tava na hora deu voltar a sampa. Quero fazer muitas coisas: ver filmes, exposições, ir a barzinhos, baladas, ver de perto essa manifestação estudantil toda na usp, etc. Mas fundamentalmente quero rever meus amigos todos e ver aqueles do mundo blogueiro que ainda não conheço. Quero ver o di, o binho, o aventura, o rick e agora uma figura massa demais que acabo de conhecer pelo blog, o minduin. O carinha é bacana demais. Eu, ele e aventura vamos nos encontrar na sexta pra tomar um chopp. E depois: balada na bubu. Quem topa? Vamo, vamo? É isso... Vou mandando notícias de lá e quando chegar escrevo contando tudo. Ah, no próximo post quero falar de uma outra coisa também: um curitibano que anda rondando =P. Um beijo grande pra todos vocês.

domingo, 13 de maio de 2007

Se eu fosse...

Respondendo ao desafio do meu amigo do peito Imperfeito, cá estou eu me desafiando nessa corrente. Então, conheçam um pouco mais de mim:

Se eu fosse...

Se eu fosse uma hora do dia, seria o entardecer de um dia de verão: com direito a por do sol em uma praia e um calor refrescante.
Se eu fosse um astro, seria uma estrela: curto ser discreto e, na medida do possível, referência para os mais próximos.
Se eu fosse uma direção, seria para o alto e avante como o lema do segredo. Para mim, isso é signo de movimento e alegria.
Se eu fosse um móvel, seria uma estante de livros, com todos os livros que amo e outros que sei, nunca irei ler.
Se eu fosse um líquido, seria a água do mar, porque só ela consegue lavar minha alma e me botar pra frente.
Se eu fosse um pecado, seria a luxúria, porque tem sido signo de liberdade, descobertas, aventuras e paixão.
Se eu fosse uma pedra, seria a pedra no meio do caminho de Carlos Drummond meu poetinha maior.
Se eu fosse uma árvore, seria uma mangueira: lembra minha infância quando subia em cima delas sem medo e minha escola de samba preferida.
Se eu fosse um fruto, seria um morango.
Se eu fosse um clima, seria o temperado.
Se eu fosse uma flor, seria um girassol, mas também um cravo; as duas flores são para mim símbolos de luta, resistência e movimento.
Se eu fosse um instrumento musical, seria um atabaque: percussivo, com tom de ancestralidade e seu ritmo afro.
Se eu fosse um elemento, seria a água: fluida e livre.
Se eu fosse uma cor, seria o azul ou o branco.
Se eu fosse um animal, eu seria um gato. Simplesmente gosto.
Se eu fosse um som, seria o barulho de uma balada boa numa grande cidade ou o barulho de uma festa no interior.
Se eu fosse uma música, seria qualquer uma de Chico Buarque de Hollanda cantada na voz de Maria Bethânia.
Se eu fosse um estilo musical, seria bossa nova e samba: "é melhor ser alegre que ser triste".
Se eu fosse um sentimento, seria a alegria.
Se eu fosse um livro, seria qualquer um de Clarice Lispector ou Antônio Lobo Antunes; os portugueses que o digam.
Se eu fosse uma comida, seria uma saladinha, bem leve.
Se eu fosse um lugar, seria um recanto escondido numa praia de floripa: vocês conhecem a prainha da Barra da Lagoa?
Se eu fosse um gosto, seria de brigadeiro.
Se eu fosse um cheiro, seria cheiro de flores.
Se eu fosse uma palavra, seria amizade, acho!
Se eu fosse um verbo, seria abraçar.
Se eu fosse um objeto, seria um livro.
Se eu fosse uma peça de roupa, seria uma camisa.
Se eu fosse uma parte do corpo, seria uma mão.
Se eu fosse uma expressão facial, seria um sorriso só!
Se eu fosse um personagem de HQ, seria o Cebolinha.
Se eu fosse um filme, seria "Casablanca", um clássico lindo.
Se eu fosse uma forma, seria um círculo.
Se eu fosse um número, seria o 13: sempre gostei.
Se eu fosse uma estação, seria o verão, apesar de curtir mais o frio.
Se eu fosse uma frase, seria em tom de bossa e de Vinícius:
O bom samba é uma forma de oração/Porque o samba é a tristeza que balança/E a tristeza tem sempre uma esperança/Tristeza tem sempre uma esperança/De um dia não ser mais triste não".

Como o râzi, não vou passar a corrente pra ninguém: mas curti muito ter feito! Beijão pra todo mundo. ;)

terça-feira, 8 de maio de 2007

Buenos Aires

Meus amigos blogueiros: depois de uns dias sem msn e post novo, cá estou de novo. Como disse no post anterior, esse final de semana iria a Buenos Aires. E fui! Fui com meu irmão que já estava lá uns dois dias antes. Foi maravilhoso. Lindo! Por tudo: por ter conhecido uma cidade super aconchegante e por ter ido com meu irmão. Me sinto cada dia mais próximo dele. Ele é maravilhoso. A cidade, como disse, é linda e aconchegante. Às vezes me lembrava Paris, às vezes Santiago de Compostela, às vezes Porto Alegre. Foram muitas as referências que vi lá. São várias cidades numa só. Adorei ter conhecido a Praça de Maio, a Casa Rosada, o Caminito, o tango nas praças públicas, o Estádio da Bomboneira, o Malba, enfim. Hoje entendo melhor o orgulho que os argentinos têm de seu país. No sábado a noite, tinha combinado de ir com meu irmão a uma boate. No final, ele acabou desistindo por conta do cansaço. Dei uma de doido e achei a deixa para poder conhecer o lado alternativo da cidade. Saí rumo a uma boate gay. Como não conhecia, comecei a perguntar. Me indicaram a boate Angel. Peguei o táxi (que é super barato) e fui bater lá. Vocês não tinham noção do tamanho da fila que tava. Não acreditei quando eu vi. Fui para o final dela e comecei a conversar com um carinha. Perguntei sobre a boate, a fila, etc. Ele me disse que a fila é sempre assim e que demoraria pelo menos 1 hora para entrarmos. Falei logo que não iria ficar. Perguntei se ele conhecia outra e ele me tira um guia de lugares gays do bolso. Me sugere a Contramano. Aceito a proposta e pego um táxi. Ele foi comigo! Chegando lá, vimos que a casa tava bem vazia ainda. Vimos que tinha sido uma furada, mas… Fomos ao segundo andar e ficamos conversando lá sobre identidades sexuais, política, Brasil e Argentina, enfim… Percebia que o papo ia esquentando e gostava disso. E ele deu a deixa: sou tímido! Pensei: tenho que entrar de vez então. O convidei para danar. A essa altura a pista já estava cheia. Dançamos e comecei a encará-lo. Ele me respondia com um sorriso lindo. Aliás, seu sorriso e seus olhos me cativaram. Começou um clima e tentei beijá-lo, no que ele se esquivou. Fiquei na minha, pensando qual era a dele. Uns dez minutos depois, dançando ainda, começa um novo clima e ele vem pra cima de mim. Era o que eu queria! Ataco e beijo. Sem noção! Um beijo demoradíssimo e maravilhoso. Garanto que foi uns 50 minutos de beijo. Só paramos para sair da pista e continuar noutro lugar, mais reservado. Beijo, mão aqui e ali… Meu deus, foi maravilhoso. Ficamos e depois da baladinha saímos para um café. Conversamos mais até ele pegar o ônibus para casa. Cheguei no hotel às 05:30hs para estar de pé às 09:00hs. Fiquei com uma lembrança dele e tenho me comunicado pelo msn. Quem sabe um dia volto lá e nos encontramos de novo… Era lindo, simples e tinha um papo ótimo! estou cheio de fotos da cidade. Quem me encontrar no msn e se alguém quiser ver, mostro! Antes de terminar quero dizer que ando numa fase muito feliz de minha vida. Curtindo demais o trabalho, curtindo demais minhas aventuras, enfim... Beijo pra todo mundo. ;)

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Diários de motocicleta

E aí pessoal, curtiram muito o feriado? O meu foi uma coisa de louco. Fazia tempo que não fazia uma aventura tão louca como essa. Até eu me assustei. Mas vamos por partes. Só peço a paciência de vocês porque o post vai ser meio longo. Como disse no post anterior, fiquei de me encontrar com um carinha no sábado a noite. Bom, na sexta ainda nos encontramos no msn e decidimos adiar para segunda. Foi melhor tanto para mim como para ele. Pude nesses dias dar encaminhamento em todos os meus projetos: terminar de escrever um artigo para um capítulo de livro, corrigir provas, enfim. Aproveitei também para descansar muito e bater papo com meus amigos blogueiros. Isso tudo fiz até segunda às 18hs, quando parti rumo à cidade desse carinha que vou chamar de maneira fictícia de “Paraisópolis” (rs). Fui tranqüilo e com um livro na mão, pois não suporto essas pequenas viagens, onde nem colocam filme pra você ver e nem consigo dormir. Prefiro as longas. Eram duas horas sem fazer nada. Li, reli, enfim. Chegando na cidade, às 20hs, decidi ligar para ele como combinado. Liguei, tocou e ele atendeu. Disse:

- “Olha, cheguei. Estou na rodoviária como combinado”.

Ele me disse que eu o esperasse e que dentro de dez minutos estaria lá. Esperei dez, quinze, vinte minutos e nada. Foi quando ele me ligou:

- “Meu, onde você tá? Te procurei por todo canto e nada”.

Eu respondo:

- “Estou em frente ao ponto de táxi!”.

Ele diz:

“Meu, que ponto de táxi? Não tem ponto de táxi nessa rodoviária”.

Gelei, mas disse sorrindo:

“Tanto tem que estou em frente a ele”.

E ele solta a bomba:

“Rapaz, você está em Paraisópolis. Minha cidade é Curupira”.

Claro que Curupira – como Paraisópolis – é um nome fictício. Quase caí quando ele disse isso. No mínimo ele mentiu para mim até conquistar confiança e depois esqueceu de dizer. Disse que iria ver como fazer e logo telefonava para ele de novo. Perguntei aos funcionários da rodoviária se ainda existia ônibus para Curupira naquele momento e eles responderam que não existia mais ônibus para lugar nenhum. Por um momento quis matar esse guri, mas logo comecei a sorrir da situação. Perguntei aos mesmos funcionários que alternativas eles me davam para chegar até lá e eles deram duas: ou táxi ou mototáxi. Pensei: “Já que tu chegou até aqui, e não tem nem mais ônibus para voltar para casa, relaxa e vai em frente”. Peguei o primeiro mototaxista que vi e fomos. Pessoal, vocês não têm noção da loucura. Já no caminho me veio um flash de razão e comecei a pensar no perigo que estava correndo: estrada mal iluminada, com muitas curvas, alta velocidade. Num momento disse ao mototaxista que não estava com pressa e que ele poderia ir devagar. Melhorou. E se ele quisesse fazer algo comigo? (rs) Sou doido demais. A coisa boa é que aprendi a tirar proveito das situações: ele era muito bonito e eu me aproveitava nas curvas (rs). Num determinado momento do percurso, vi algumas luzes de casas e perguntei: “Chegamos?”, no que ele respondeu: “Faltam 19 kms”. Não sabia o que pensar e a vontade era de rir. Era um misto de tensão e prazer. E vocês nem sabem, mas lembrava muito de cada um de vocês nessa aventura louca. às vezes me assustava um pouco com os farois que vinham das curvas da estrada. Foi adrenalina pura.

Enfim passada essa etapa chegamos na cidade. Fui direto para um hotel e depois liguei para ele. Fui comer algo e depois nos encontramos. Meu, valeu muito a pena! O carinha além de lindo tinha um beijo maravilhoso (rs). Acho que faria tudo se fosse necessário. Ele não chegou a passar a noite toda comigo porque é complicado: cidade pequena, pais controlando. Apesar dos 25 anos ainda não tem muita autonomia naquele contexto provinciano. Paciência! Contato feito e pra repetir a dose é só marcar de novo.

Acordei cedo pra ver se conseguia voltar para minha cidade logo. Que nada! Fui às 0730hs (morto de sono!) e quando cheguei na rodoviária tinha ônibus só às 0940hs para uma cidade próxima da minha. Fiquei esperando pois não podia mais voltar para o hotel e não tinha muita saída. Fui bater em “Groelândia” (rs). Esses nomes de cidade que estou batizando estão hilários. Chegando lá, perguntei que hora havia ônibus para minha cidade: “às 13:00hs e 15:40hs”. Ainda eram 11:00hs. O que fazer? Como já conhecia a cidade, decidi ir numa lan house. Lembrei que tinha um carinha desta cidade no meu msn que estava afim de me conhecer e já que eu estava ali, porque não… Entrei no msn e ele estava lá. Como falei com o segredo esse final de semana, parecia que eu tava era no cio (rs). Conversamos um pouco e marcamos um encontro. Fui almoçar e depois nos encontramos. Papo ali, papo acolá, quando vi estávamos num motel. Gente, sem noção isso. Não precisava isso tudo, né? Até parecia que o mundo ia acabar ontem. Não, às vezes eu faço umas coisas que nem eu entendo. Desnecessário. Mas tudo bem. Não me arrependo nenhum pouco de nada do que fiz. É que eu tava num fogo que meu deus do céu. Agora vou segurar a onda. Mas tomara que essa fase dê um tempo senão não tem quem agüente! (rs). Peguei o ônibus das 15:40hs e voltei pra casa.

Voltei pra casa e cá estou começando a escrever esse post que, certamente, só vou terminar amanhã. E vocês? Me contem! Quero saber do feriado, da vida, enfim. Antes de terminar o post quero dizer que devo ficar uns dias ausentes. Estou cheio de trampo e na sexta viajo para Buenos Aires. Volto só na segunda. Daí meu próximo post conto como foi por lá. Pena que não vai dá pra aproveitar tanto os hermanitos porque vou estar com meu irmão. Mas qualquer brecha que ele der vou dar um jeito de ir num local mais alternativo. Daí conto pra vocês... (rs).

É isso. Um beijo grande pra cada um de vocês que adoro. ;)

PS.: Em tempo! Tem um curitibano me deixando doido. Me telefona, fala coisas lindas, gosta de coisas que eu gosto, enfim... Nossos papos por telefone tem sido uma coisa! Acho que vou dar mais uns pulos em Curitiba logo.